segunda-feira, 9 de abril de 2012

(In)Tolerância

Há alguns dias, um conhecido compartilhou uma campanha no Facebook. Era "Mocorongo, vai para a direita", um apelo aos motoristas que desconhecem as regras mais básicas de trânsito e se apossam da faixa da esquerda, que deveria ficar livre sempre. Um dos comentários à campanha era que deveríamos sim mandar o recado, mas não fomentar a intolerância. Fiquei com isso na cabeça... Não devemos fomentar intolerância religiosa. Intolerância de raça, credo, cor ou opção sexual. Ou qualquer outra do tipo, das que se referem a julgamento prévio e equivocado com base em aparências. Mas há coisas que não se deve tolerar, sob hipótese nenhuma.

Não devemos ser tolerantes com corrupção, maldade, sujeira, estupidez, criminalidade, falta de educação, de consideração, de respeito, burrice, ignorância, folga, desonestidade, impunidade e tantos outros males que afetam nosso país e nossas vidas. Um deles, em maior ou menor grau, é o desrespeito pelas leis de trânsito. Por que ser tolerante com os mocorongos da esquerda, que transformaram a direita na "nova esquerda", como bem definem amigos meus? Parece sintomático que, na política, a confusão seja muito parecida.

Brasileiro tem a mania de ser cordial, de parecer bonzinho com todo mundo. Mas cada um tem aquilo que merece. Bom seria se tivéssemos um ministro da Justiça ou políticos como Rudolph Giuliani, ex-prefeito de Nova York, que introduziu a política "Tolerância Zero". Qualquer crime na cidade, de roubo de pão a especulação bilionária, era punido exemplarmente. A gente ainda precisa chegar perto disso. E largar a mão de ser trouxa só para não parecer malvado.